Tamara Gomes é técnica e supervisora da Central de Serviços do Tribunal Regional Eleitoral e está acostumada a enfrentar desafios quando o assunto é garantir ao cidadão o direito à democracia e ao voto. “Lembro que, em uma eleição na cidade de Moju, teria que ir para a localidade de Soledade, e a lancha chegaria muito tarde para o transporte. Tivemos que contratar uma rabeta que fez o transporte de três urnas eleitorais, para garantir uma eleição tranquila”, relembra.

Nas eleições municipais deste ano, marcadas para o dia 15 de novembro, Tamara irá para o Oeste do Pará, para a cidade de Oriximiná, que traz outras peculiaridades. “No Oeste a nossa grande dificuldade é o momento da seca dos rios. Em 2018, já no primeiro turno, nós fomos surpreendidos quando o rio secou e tivemos que contratar um cavalo para que os técnicos transportassem as urnas para as seções eleitorais e também fizessem a vistoria. Com o cenário de pandemia, para evitar aglomeração, os desafios são maiores em 2020”, conclui.

Este é apenas um exemplo da logística para realizar uma Eleição para escolher os representantes municipais de sua cidade. Para que isso seja possível, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará realiza o planejamento da Eleição assim que um pleito encerra. “Nós estamos na região Amazônica, onde a logística de uma eleição é a mais complexa do país, por ter o maior número de eleitores. O Estado do Pará é um estado continental mas garantimos que tudo seja feito sempre pensando no plano B, para que nada saia errado, e vem dando certo”, pontua o Secretário de Tecnologia da Informação do TRE Pará, Felipe Brito.

Ele explica que são 36 localidades estratégicas no Estado com georeferenciamento, pontos de transmissão que irão receber os técnicos de Tecnologia da Informação da Justiça Eleitoral. “Nós temos, em todo o Estado, 434 pontos de transmissão via satélite. Estamos na fase do processo final de preparação para as eleições 2020”, explica Brito.

A Secretaria de Tecnologia da Informação é responsável pela parte técnica da votação eletrônica e pela logística de resultados. “A STI sempre destaca técnicos para serem alocados nas cidades do interior do Estado, principalmente os locais que têm mais pontos de transmissão, em especial aqueles que possuem conectividade satelital, que requerem uma atenção diferenciada devido aos riscos às eleições, e um dos maiores riscos seria o atraso no resultado”, finaliza o secretário.

Experiência – Durante 10 anos, a analista judiciária Priscila Gama Fonseca foi chefe de Cartório nas cidades de Ponta de Pedras, Marapanim e Mocajuba. “Essa eleição vou fazer o apoio presencial na Zona 35, em Baião e Mocajuba. O treinamento vem para aprimorar para que consigamos fazer um melhor trabalho, para que possamos entregar o resultado no horário. Irei dar suporte à parte de logística, organização dos técnicos de urna e técnicos de satélite”.

A capacitação de Suporte Personalizado da Secretaria de Tecnologia da Informação encerra nesta quinta-feira, 15 de outubro, e está sendo realizado no prédio sede do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, em Belém.