Na manhã desta terça-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará) apresentou durante a coletiva de imprensa realizada no auditório Ivan Mello, na sede do Tribunal, o Projeto Retoma Bio, que marca a retomada da coleta biométrica no estado. O programa está sendo implementado em cinco etapas, iniciando pelos municípios em zonas eleitorais com mais de 100 mil habitantes, incluindo a capital, Marituba, Benevides, Castanhal, Santa Maria do Pará, São Domingos do Capim, Santa Izabel, Abaetetuba, Cametá, Marabá, Nova Ipixuna, Bom Jesus do Tocantins, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Santarém e Mojuí dos Campos.

O cadastramento biométrico foi interrompido em 2020, como uma das medidas sanitárias adotadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para conter a disseminação da covid-19. Na ocasião, todos os TREs suspenderam o atendimento presencial nos cartórios eleitorais e estão retomando agora, e no caso do Pará, a implementação com a instalação dos equipamentos necessários segue gradativamente até o mês de julho.“A retomada da biometria é de suma importância para garantirmos uma eleição ainda mais segura. Nossa ideia é que até 2026 temos todos os eleitores paraenses biometrizados”, destacou o presidente do TRE do Pará, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior.

Atualmente, o Pará possui 6.090.831 eleitoras (es), ocupando a nona posição nesse quesito no país. Dessas (es), 726.742 estão sem biometria, o que representa 11,93% do total. “Esse grupo é formado principalmente pelos jovens que alcançaram a idade de votar durante a pandemia. Fizeram o alistamento eleitoral, mas não tiveram como coletar a biometria, porque estava suspensa”, ressaltou o desembargador.

É importante enfatizar que já em 2019, o TRE do Pará havia concluído 100% da biometria dos eleitores em todos os municípios. Mas por conta da interrupção desse serviço, que precisa ser contínuo devido a demanda de novos eleitores, acabou surgindo esse percentual de eleitoras (es) não biometrizadas (os).

A diretora-geral do TRE do Pará, Nathalie Castro, também reforçou a importância da biometria. “Ela é fundamental tanto para a Justiça Eleitoral porque garante mais segurança, assegurando que cada eleitor vote apenas uma vez, sem que haja duplicidade, e ainda para o eleitor que poderá acessar vários serviços ofertados pelo governo federal, como o Cartão de Vacinação e a Prova de Vida do INSS, entre outros”, disse.

O secretário de Tecnologia da Informação, Felipe Brito, enfatizou que o Projeto Retoma Bio foi elaborado para ocorrer em cinco fases, contemplando todas as zonas eleitorais (ZEs), seguindo o seguinte calendário: Fase 1 (municípios com mais de 100 mil eleitores, iniciando neste dia 14/03); Fase 2 (nordeste paraense, de 18/03 a 28/04); Fase 3 (sudeste paraense, de 01/05 a 31/05); Fase 4 (Marajó, de 01/06 a 30/06) e Fase 5 (Baixo Amazonas e sudoeste, de 01/07 a 31/07). “A segunda etapa será na região Nordeste, uma das mais populosas e finalizaremos com a região sudoeste, onde temos uma maior dificuldade de acesso saindo da sede”, informou.

Além dos jovens que fizeram o alistamento eleitoral e não coletaram biometria, devem comparecer a um cartório eleitoral ou agendar pelo número 148 ou pelo site do TRE do Pará (https://www.tre-pa.jus.br/) para fazer a biometria, as (os) eleitoras (es) que tiveram o título eleitoral cancelado por não terem realizado a biometria; as (os) que votaram nas eleições de 2020 e 2022, mesmo sem ter biometria, ou seja, todo o eleitorado que ainda não coletou a biometria.

Texto: Alexandra Cavalcanti / Ascom TRE do Pará.

Fotos: Thalles Puget e Leonardo Moraes / Ascom TRE do Pará.