Programação comemorou o Dia de Zumbi e da Consciência Negra
Roda de conversa sobre a luta antirracista, oficina de turbantes, feirinha afro e degustação de comidas ancestrais estiveram entre as atividades.
Com uma manhã voltada para as reflexões sobre a luta antirracista, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará) celebrou na quinta-feira (14) o Dia de Zumbi e da Consciência Negra que será comemorado no próximo dia 20 de novembro, pela primeira vez, como um feriado nacional de acordo com a Lei Federal nº 14.759/23.
A programação com o tema "Luta Antirracista: Enfrentamento e Ações Afirmativas" foi um momento de reflexão e diálogo sobre estratégias e práticas para combater o racismo promovendo a inclusão na sociedade. A organização foi das Comissões de Prevenção, Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e Discriminação no âmbito do Tribunal e das Zonas Eleitorais (Cepa), em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal do Pará e Amapá (Sindjuf PA/AP) e do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa).
A diretora-geral, Nathalie Castro, que é representante do Tribunal no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial, abriu oficialmente a programação.
“Há sempre uma necessidade muito grande de se conversar e trazer o tema da luta antirracial para o centro dos debates. Parabenizo à Cepa por esse evento tão bonito e digo que o nosso presidente, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, tem uma grande preocupação com a inclusão e precisamos estar sempre falando, visitando e revisitando este tema para neutralizar e normalizar essas discussões, pois precisamos derrubar todas as barreiras”, afirmou a diretora.
Também participaram a juíza substituta da Corte Eleitoral, Anete Marques Penna de Carvalho; a secretária de Planejamento, Hérika Sodré; o secretário de Administração, Judiron Carvalho; a coordenadora de Educação e Desenvolvimento, Ingrid Agrassar; a secretária da Cepa, Lísia Dias, e a coordenadora administrativa do Cedenpa, Neide Bahia.
De acordo com a secretária da Cepa, Lísia Dias, o objetivo da programação era a conscientização e o debate sobre a igualdade entre todas as pessoas independente da etnia e da cor da pele.
“Com essa programação, a comissão queria suscitar o debate anti-racismo a partir do conhecimento do que é o racismo, de onde ele está na sociedade, em locais, em momentos que nós nem percebemos, mas também trazer um pouco da cultura africana, e falar de interseccionalidade; a luta do racismo, do feminismo, da dignidade humana em qualquer vertente”, afirmou.
A coordenadora administrativa do Cedenpa, Neide Bahia, destacou o papel de enfrentamento ao racismo desempenhado pela instituição. "A nossa luta por igualdade vai continuar sempre e, sem ela, não vamos chegar a lugar nenhum. O Cedenpa é luta e atividade, por isso estamos aqui hoje e vamos mostrar o que temos e trabalhamos”, pontuou.
As atividades da manhã incluíram a roda de conversa com a educadora social, Fátima Matos, oficina de turbantes com a professora Socorro Clemente, feira com produtos afro-artesanais, essências, tecidos, banhos de ervas, entre outros.
Os participantes também degustaram comidas ancestrais como a kachupa, kizaka, funji e o bolo de ginguba com a ativista Izabel Afonso. No encerramento, os músicos integrantes do Bloco Afro Axé Dudu apresentaram músicas autorais com demonstração de percussão.
Texto: Rodrigo Silva / Ascom TRE do Pará
Foto: Vidda Duarte / Ascom TRE do Pará